quarta-feira, 6 de setembro de 2017

Eu me recuperei, rapaz.



Abri a porta ainda com receio do mundo.  Eu havia me trancado dentro de mim, longe de tudo lá fora. O mundo já havia me machucado demais. Preferi  me isolar. ((Quando falo do mundo refiro_me especialmente a você. Deus disse que no mundo teríamos aflições e umas decepções a mais. Você me decepcionou tanto, menino. Não teria outro adjetivo que te descreveria tão bem. Tem muito do mundo em você.)) A tarde estava ensolarada e o céu parecia uma perfeita aquarela. O vento manso agitava meu cabelo. E os coqueiros mudavam a aparência do céu deixando-o ainda mais atraente. Voltar a sentir o raio de sol no meu rosto e o abraço do vento foi meio estranho. Eu tinha medo. Medo que alguém voltasse a me machucar. Mas preciso confessar que sentia um pouco de falta de tudo aquilo. Um pouco. Foi grande o reboliço que você fez na minha vida.

Corri por aquelas trilhas embrenhando-me por entre os altos coqueiros... Senti o sangue bombeando cada vez mais forte por entre minhas veias. Pulsava com força no interior dos vasos. É como se eu fosse ansiosamente em busca de algo. A liberdade talvez.
Mudei os temas das poesias. Não havia mais só dor em mim. Não havia mais tanta saudade... Algo havia preenchido grande parte do vazio que você deixou. Acho que era o amor próprio que despertou de um sono profundo. Senti-me viva como à muito não me sentia.
Orei bem baixinho. Pedi a Deus que não deixasse que aquela sensação boa que invadia meu peito naquele exato momento fosse embora como você se foi.

Talvez você nem vai ler tudo isso. Você nunca foi fã de poesia rs. Mas caso leia quero apenas te avisar que eu me recuperei, rapaz. E da dor guardei apenas o aprendizado. Aprendi muito.
Estou bem, e o coração aberto para novas emoções. Sim, novas emoções. Achou que eu ia desistir do amor? Hahaha
Espero que dê tudo certo por ai. E caso não der não questione. A gente colhe o que planta.

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